Por que Squirt é o melhor lubrificante de corrente de bicicleta?
Mesmo com diversas opções de lubrificantes nacionais e importados no mercado, Squirt se mantém até hoje como uma das alternativas mais recomendadas entre os ciclistas, além de sempre figurar como um dos preferidos da mídia especializada e líder em testes de laboratórios.
Diante de tantas opções e opiniões, por que o lubrificante da marca Sul Africana Squirt ainda é considerado o melhor? O texto a seguir tenta responder essa pergunta e veremos que não é à toa que eventos extremos como a Absa Cape Epic e o incomparável Brasil Ride exibem a bandeira do lubrificante Squirt para seus ciclistas.
Origens
A Squirt foi fundada por um grupo de amigos ciclistas da África do Sul que buscava uma melhor alternativa para lubrificar as correntes, pois na época as opções “à cera” não duravam na corrente e o óleo então nem se fala, virava uma graxa, acumulando sujeira e desgastando a relação, além de prejudicar o meio ambiente.
Bem, a história completa você pode conferir aqui, mas é interessante saber que o projeto inicial se tratava de um mecanismo instalado no tubo inferior do quadro da bike que iria “esguichar” (to squirt) o lubrificante durante o pedal.
Para avançar com a ideia eles precisariam desenvolver um lubrificante próprio e, a partir disso você já deve imaginar que os resultados foram tão surpreendentes que o projeto se resumiu na própria substância, o nosso querido Squirt.
A melhor base para lubrificantes
Segundo os testes de lubrificantes mais relevantes que temos conhecimento até hoje, realizado pela Friction Facts (atual propriedade da Ceramic Speed) em colaboração com a conceituada mídia Velo News, a melhor base de lubrificantes é a parafina nos quesitos eficiência (economia de watts) e durabilidade:
Veja que estou falando de parafina e não de outro tipo de cera, pois a cera pode ser composta de outros materiais, inclusive agressores do meio ambiente.
O gráfico acima representa a primeira versão do teste (que pode ser conferido na íntegra aqui) na ocasião em que o Squirt ainda não figurava como uma opção. No entanto, no segundo teste realizado no ano seguinte, o Squirt alcançou a façanha de superar a parafina tradicional em economia de energia:
Segundo a Velo News: “O verdadeiro herói desse teste foi, no entanto, o lubrificante Squirt. É o lubrificante em gotas mais rápido que já testamos, na verdade é mais rápido do que a parafina”.
A resposta para essa performance está na composição do Squirt que tem como base não a parafina apenas, mas a parafina em sua forma bruta que é livre de aditivos e condicionantes decorrentes do processo de fabricação da parafina refinada.
O lubrificante mais rápido
Quando falamos de lubrificante não podemos deixar de falar de performance. Um bom lubrificante deve ser capaz de reduzir a fricção causada durante a utilização da corrente. Squirt consegue isso devido à propriedade da parafina de “repelir” a sujeira, fazendo com que a corrente concentre uma quantidade menor de agentes externos, mantendo baixo o grau de fricção dos componentes da transmissão.
Mantém a corrente limpa
Squirt não é óleo, portanto não acumula sujeira, nem vira graxa depois do uso. Após a aplicação adequada, é natural um escurecimento em alguns pontos da corrente resultando em uma espécie de borra, contudo numa quantidade bem moderada e de muito fácil remoção: com um pano seco e uma escova apropriada, deve-se esfregar a corrente e componentes da transmissão para remoção da sujeira, sem necessidade de desengraxantes ou produtos específicos. Após isso, basta reaplicar Squirt na quantidade desejada.
Durabilidade e aplicação
Esse é um ponto que gera muitas dúvidas: quanto vai durar na corrente? Bem, como esse ponto é muito relativo às particularidades do uso de cada um, a Squirt recomenda a reaplicação a cada 04 horas no MTB e a cada 06 horas na estrada. Já de acordo com os testes da Velo News, Squirt durou em condições normais uma média entre 480 e 600 quilômetros de uso.
Longevidade da relação
Se devidamente tratada com Squirt, a vida útil da sua relação (corrente, cassete, coroas) tende a aumentar consideravelmente.
Mais uma vez e destacando o comentário dos testes já citados: “Nós não pedimos que a Friction Facts elegesse o melhor lubrificante de acordo com as condições climáticas ou de acordo com cada ciclista, isso, francamente, é impossível”.
Tendo isso em vista, podemos dizer que uma corrente não lubrificada é melhor do que uma corrente mal lubrificada. Explico: qualquer lubrificante que permita o acúmulo de sujeira pode até proporcionar uma sensação de performance, mas no longo prazo a fricção trará os resultados de desgaste e desperdício de energia.
Aqui vai um desafio: tenha em mãos uma ferramenta apropriada para medir o desgaste de sua corrente e faça você mesmo o acompanhamento, pois cada ciclista terá um resultado em particular. Imagino que irá se surpreender. Eu tenho um amigo que usa uma corrente SRAM de 12 velocidades e a mesma acumula até agora mais de 12 mil quilômetros rodados e ainda está dentro da tolerância recomendada para a troca.
Biodegradável
Uma das maiores preocupações para a Squirt na ocasião de sua concepção era a de não agredir o meio ambiente, visto que é comum produtos para manutenção de bicicletas serem descartados inadequadamente. Assim, Squirt se sobressai diante de opções cuja origem muitas vezes é até mesmo desconhecida.
Reputação
Squirt não saiu da África do Sul através de nomes de peso como Ned Overend, Travis Brown e seu embaixador Julien Absalon à toa: o produto faz muita diferença na performance e muito por conta do boca a boca é que ele se sagra como um dos lubrificantes mais queridos e também mais relacionados em testes e listas de sites especializados.
Em pesquisa que realizamos com os participantes do festival Brasil Ride, identificamos que 88,7% deles já usavam ou usam Squirt, enquanto que 98,4% indicaria o produto para um amigo.
Vale lembrar que Squirt esteve e pretende estar sempre presente dando suporte a alguns dos principais eventos de mountain bike no mundo, tal como o ABSA CAPE EPIC e o nosso cada vez mais notório Brasil Ride.
Como aplicar Squirt
Aplicar Squirt é muito simples, em resumo: você deve desengraxar a corrente (recomenda-se o uso do desengraxante Squirt Bike Cleaner Concentrate) caso ela esteja com sua lubrificação original de fábrica ou com outro óleo. Após desengraxada e seca, basta aplicar Squirt em cada elo de corrente, de modo que o líquido penetre nos pinos e roletes dos elos.
É recomendável realizar o procedimento algumas horas antes do pedal, geralmente na noite anterior. Durante o pedal, caso seja necessária uma reaplicação, pode ser feita sem problema algum. Aliás, nos testes da Velo News o Squirt performou melhor em termos de economia de watts quando foi aplicado durante o uso.
Conclusão
Das diversas opções de lubrificantes para corrente de bicicleta, podemos dizer com segurança que Squirt representa o melhor custo x benefício ao ciclista em termos de performance, durabilidade da aplicação e longevidade da transmissão. Além disso, por ser biodegradável colabora para o desenvolvimento sustentável da cultura da bicicleta como um todo.
Agradeço se leu até aqui e se deseja acrescentar algo à publicação, não deixe de comentar, sua opinião é muito importante para nós.
Obrigado!
Por Leonardo Barbosa
